Desentendimento: Hildebrando e Maçons
Na década de 1870 ocorreram alguns episódios contra o clero e a própria igreja, provenientes de alguns maçons e protestantes¹. Isto é, os ânimos estavam à flor da pele. Após o falecimento em Porto Alegre em 1875 de João Carvalho Barcelos, um maçom graduado, aconteceu um destes episódios conflituosos entre os católicos e maçons.
Os companheiros de João Barcelos exigiam as solenes exéquias na Catedral de Porto Alegre, com a presença do bispo, do Cabido e do clero². Estes últimos confirmaram sua presença, todavia não foi o que se sucedeu. O bispo se ausentou, o Cabido e outros padres se recusaram a comparecer. No final o Cônego da Catedral, Hildebrando de Freitas Pedroso se ofereceu a presidir o cerimonial.
Ele fez uma simplória encomendação que irritou os maçons. Os quais por sua vez derrubaram castiçais e arrebentaram o caixão, dando vivas à maçonaria e morte aos padres³. O Cônego Hildebrando não teve culpa neste caso. Uma vez que nenhum representante da igreja esteve presente. Fez tudo que podia em relação ao cerimonial.
OBS: Hildebrando teve muitos amigos maçons em sua vida. Este episódio não o coloca em oposição à maçonaria. Apenas foi um desentendimento. Pois era uma época em que os nervos estavam à flor da pele.
Fontes:
¹ Existiram muitos homens e mulheres que bateram de frente com os ideais e as formas de agir da Igreja Católica, entre os mais famosos está Carlos Von Kozeritz.
² RUBERT, Arlindo. História da Igreja no Rio Grande do Sul: época imperial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998. 205 p.205.
³ RUBERT, Arlindo. História da Igreja no Rio Grande do Sul: época imperial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998. 205 p.205.
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