Escrever sobre a história da cidade de Viamão é relacionar com as origens do estado do Rio Grande do Sul, e claro, com a procedência do Padre Hildebrando de Freitas Pedroso, uma vez que Viamão é a cidade natal deste ilustre personagem da história sul-rio-grandense. Nos primeiros anos os conflitos entre as metrópoles – Espanha e Portugal – devido aos interesses geográfico, econômico e político fizeram com que o povoamento da região tomasse rumos determinantes. Antes do advento para o sul do Brasil de imigrantes açorianos nas décadas de 1740 e 1750, as primeiras famílias a se fixarem nestas terras foram parentes e amigos do Capitão Mor Francisco de Brito Peixoto, em especiais, Dona Ana da Guerra e João de Magalhães*. João de Magalhães chegara à região em meados de 1725 delimitando-se entre os rios Tramandaí e Mostardas formando a partir daí muitas estâncias que foram se fixando e alterando a fisionomia destes “Campos de Viamão”, o que antes pertencera aos índios – Minuanos** – agora estava nas mãos do Governo Português. Se João Magalhães se incumbiu de povoar as terras a Ana da Guerra se preocupou com a vida espiritual destes novos habitantes que vinham e por esse motivo mandara erguer uma capelinha em louvor à Nossa Senhora da Conceição e Santana, que abrigaria as pessoas em sua vida religiosa, porém a capela não possuía licença eclesiástica para ser erigida e funcionar, somente anos depois ganharia sua licença.
Fontes Bibliográficas:
*RIBEIRO, Paula Simon; SANCHOTENE, Rogério Fossari; SANTOS, Júlio Ricardo Quevedo dos. Viamão: tradição e identidade. Porto Alegre: Nova Dimensão, 1988.
**Segundo a obra de LIMA, Armando; DORNELLES, Breno de; CASSAL, David B. Terra Farroupilha. Porto Alegre: [s.n.], 1937.
Imagem ampliada da coluna: AET, Iconografia-alegoria farroupilha. N° de Registro, MJC: 3127/696ic. Acervo do Museu Julio de Castilhos [s/d]. 1 iconografia, color.