This Blog is a result of partnership work between researches at the NEPCI, Ana Laura de Lamare Leitzke, Tiago Soares Rios and Édison Hüttner. In which deals with the life of Father Hildebrando de Freitas Pedroso, a hero of Rio Grande do Sul. WELCOME!

Este Blog es un resultado del trabajo de colaboración entre investigadores de lo NEPCI, Ana Laura de Lamare Leitzke, Tiago Soares Rios y Édison Hüttner. En la que habla sobre la vida del Padre Hildebrando de Freitas Pedroso, un héroe de Rio Grande do Sul. BIENVENIDO!

Os Pesquisadores

Os Pesquisadores
Tiago Soares Rios, Ana Laura de Lamare Leitzke e Édison Hüttner

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Batismos Farroupilhas: Caetana e Leão (2)

O Padre Hildebrando dá as bênçãos do Deus Pai, Filho e Espírito Santo aos dois filhos de Bento Gonçalves da Silva Filho e Maria Thomazia de Azambuja nos anos de 1857, a Caetana, e em 1861, a Leão. Mais precisamente, no dia 21 de setembro de 1857, batizou Caetana, na presença dos padrinhos Rafael de Azambuja, Bento Manuel de Azambuja e Anna Gonçalves Meirelles. Enquanto que no dia 5 de julho de 1861, o padrinho Estácio Xavier de Azambuja, sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário, batiza o menino Leão. O qual, segundo dados obtidos através da dissertação de Mestrado de Carla Barbosa¹ e do Acervo da Cúria Metropolitana de Porto Alegre², era o último filho – dentre sete – do casal Bento Gonçalves da Silva Filho e Maria Thomazia de Azambuja.

Fontes:
 
¹ BARBOSA, C. A. S. A casa e suas virtudes: relações familiares e a elite farroupilha (RS, 1835 – 1845). 2009. 139f. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de História, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2009.

² Livro 1 de batismos – 1856 a 1873 – da Igreja São João Batista de Camaquã

Batismos Farroupilhas: Caetana e Leão

Enquanto era pároco da Igreja São João Batista em Camaquã, Hildebrando batizou inúmeras crianças da cidade e de seus arredores. Dentre estas se destacaram, devido ao seu envolvimento na Revolução Farroupilha (1835 – 1845), o neto e a neta do General Bento Gonçalves da Silva, o qual foi Presidente da República Rio-Grandense. Como consta no registro batismal da Igreja São João Batista (Livro 1 de batismos dos anos de 1856 à 1873), o menino recebeu o nome de Leão e a menina de Caetana* por seus pais Bento Gonçalves da Silva Filho – afetuosamente chamado de “Bentinho” – e Maria Thomazia de Azambuja. Tinha como avôs paternos o General Bento Gonçalves da Silva – já mencionado – e Caetana Garcia da Silva, e como avôs maternos o estancieiro João Xavier de Azambuja e Laura Centeno de Azambuja.

*Não se encontrou registros sobre o porque da escolha destes nomes. Devido a este fato, achou-se mais prudente que esta preferência tenha sido, uma vez que, Bento Gonçalves da Silva Filho possuía um irmão chamado Leão e sua mãe era Caetana. Isto é, uma homenagem ao seus consangüíneos.

domingo, 26 de setembro de 2010

Hildebrando: O primeiro Pároco (Camaquã)

Após a Igreja São João Batista ser construída e confirmada canonicamente, o primeiro Pároco designado a zelar por seus fiéis, foi o Padre Hildebrando de Freitas Pedroso. O terreno que a Igreja fora fundada, hoje em dia se localiza o Cine Teatro Coliseu. Até os anos de 1861 permaneceu nestas paragens. Como a cidade não possuía uma Matriz, os atos religiosos foram sendo celebrados no Oratório do Padre Hildebrando¹. E certo tempo depois na capelinha da Irmandade do Espírito Santo. Atuando como Cônego permaneceu cinco anos, de 1856 a 1861, celebrando e propalando com muito carinho, amor e devoção as palavras de Deus.




Fonte:

¹RUBERT, Arlindo. História da Igreja no Rio Grande do Sul: época imperial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.

Fonte da Imagem:

Cine Teatro Coliseu. Altura: 2592 pixels. Largura: 1944 pixels. 3,66 MB. Arquivo JPG. Disponível em: . Acesso em: 20 de Julho de 2010.

Igreja São João Batista de Camaquã (1856-1861)

Igreja São João Batista de Camaquã: Sua pedra fundamental




A história do município de Camaquã tem sua pedra fundamental com a iniciativa de Joaquim Gonçalves da Silva, pai de Bento Gonçalves, com a construção de uma capela em São João Velho (1815), do qual prosperou um povoado, local hoje conhecido como Capela Velha – matriz da atual cidade de Camaquã. Esta última. Hoje é a primeira. Também iniciada por Ana Gonçalves Meireles (1844) – cujo bônus foi a doação de cem braças de terra à margem esquerda do Arroio Duro – para ereção de uma capela – São João Batista de Camaquã. A mesma tornou-se paróquia São João Batista em 14 de novembro de 1854 por Dom José Feliciano Prates. Este nome elevou seu povoado em 19 de abril de 1864 com a criação do Município de São João Batista de Camaquã.


Fonte da imagem:
Imagem da Igreja São João Batista de Camaquã. Altura: 375 pixels. Largura: 500 pixels. 78,5 Kb. Arquivo JPG. Disponível em: . Acesso em: 10 de Julho de 2010.




quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Hildebrando e Bagé: devoção e amor (2)

No entanto não foi apenas um Cura para os bajeenses, servindo-lhes espiritualmente, e sim também, devido ao seu passado dedicado a causa farroupilha, construiu um prestígio muito alto com seus fiéis e também não fiéis, sendo assim, quando se candidatou a deputado à Assembléia Geral Legislativa de Alegrete recebeu inúmeros votos destes bajeenses, num total de cento e dezesseis¹. Apesar de ter feito um ótimo curato se dedicando a auxiliar seus fiéis, foi considerado como um intruso na Igreja de São Sebastião, pois sua nomeação se deu através do pseudo Vigário da Revolução Farroupilha, termo usado pela Igreja Católica em referência ao Padre Francisco das Chagas Martins de Ávila e Sousa, e não pela autoridade legítima eclesiástica o Cônego Antônio Vieira da Soledade². Isto é, a Igreja de São Sebastião durante esses anos estava sem nenhum representante. Porém ao longo do tempo se foi perdoando atos de clérigos durante a Revolução, onde este caso foi um destes, aceitando-se assim Hildebrando, que segundo os religiosos não teve culpa neste ocorrido, como o Pároco da Igreja.

Fontes:

¹TABORDA, Tarcisio Antônio da Costa. Bagé e a Revolução Farroupilha. Bagé: [s.n], 1985.

²RUBERT, Arlindo. História da Igreja no Rio Grande do Sul: época imperial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.

Hildebrando e Bagé: devoção e amor

Quando a Revolução Farroupilha estava propalada pelo Rio Grande do Sul residir em Bagé era fadigoso, uma vez que muitas famílias emigraram devido aos movimentos das forças legais e rebeldes aos arredores do povoado. Uma das mais notáveis fora o padre Gervásio Antônio Pereira Carneiro que se ausentou em 1836, o qual abandonou a Igreja e desamparou os seus devotos. Foi quando apareceram três grandes nomes paroquiais durante a Revolução Farroupilha, os Padres Antônio Homem de Oliveira, Jerônimo José Espinola e Hildebrando de Freitas Pedroso. Este último assumiu, segundo os autores Tarcisio Taborda, a Igreja de São Sebastião no dia 13 de setembro de 1841 e saiu em meados de 1843¹, enquanto que Arlindo Rupert diz que presidiu como Cura nos anos de 1841 a 1844². Apesar das divergências de datas, foi o quarto pároco desta Igreja aonde atuou, durante estes três ou quatro anos, como um servo de Deus, ajudando e orientando todos a sua volta.

Fontes:
 
¹TABORDA, Tarcisio Antônio da Costa. Bagé e a Revolução Farroupilha. Bagé: [s.n], 1985.

²RUBERT, Arlindo. História da Igreja no Rio Grande do Sul: época imperial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.

Igreja de São Sebastião em Bagé (1840 - 1844)

Fundação da Igreja de São Sebastião de Bagé:

Para os habitantes de Bagé ir à Igreja era sagrado, no entanto à distância os dificultava, pois as mais perto de suas residências eram a Paróquia de Nossa Sra. da Conceição da Cachoeira e à Capela Curada de Nossa Sra. da Assumpção de Caçapava. Com o sentido de dar abrigo espiritual a estes cristãos, a Igreja de São Sebastião de Bagé foi erguida através da autorização do Bispo do Rio de Janeiro D. José Caetano da Silva Coutinho – em visita ao Rio Grande do Sul – em 10 de dezembro de 1815¹. Todavia só em 1820 que a Igreja fora dada como pronta, já que devido à falta de obreiros e materiais fora difícil o seu término.



Fontes:

¹Dados obtidos da obra: TABORDA, Tarcisio Antônio da Costa. A Igreja de São Sebastião de Bagé. Bagé: [s.n], 1975.

Imagem:

Igreja de São Sebastião de Bagé. Imagem retirada da obra: TABORDA, Tarcisio Antônio da Costa. A Igreja de São Sebastião de Bagé. Bagé: [s.n], 1975.





sábado, 11 de setembro de 2010

Hildebrando e o Seminário: O Chamado (2)

E terceiro, porque o mesmo Dom José Caetano lhe ofereceu pagar todas as suas despesas educacionais e o acolher, juntamente com outro gaúcho que lhe chamou a atenção, Manuel Araújo Porto Alegre, em sua própria residência no Rio de Janeiro¹. Não era de grandes proporções, porém acomodaram todos eles. Segundo Aquiles Porto Alegre, Hildebrando era tímido e de modéstia cativante, muito estudioso – quando pequeno um soldado reformado, em Viamão, lhe ensinou a ler e escrever, pois se encantou com seu interesse pelo ensino² – razões pelas quais também encantaram Dom José Caetano da Silva Coutinho, o qual, ainda Aquiles ressalta, mostrara-se um grande pai carinhoso para Hildebrando nestes anos em que conviveram no Rio de Janeiro.

Fontes:
¹ JAEGER, Luíz Gonzaga. O Clero na Epopéia Farroupilha. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1946.
 
² PORTO ALEGRE, Achylles. Jardim de Saudades. Porto Alegre: Wiedemann, 1921.

Imagem:
 
Retrato de Manuel Araújo Porto Alegre. Altura: 1172 pixels. Largura: 1558 pixels. 53,8 KB. Arquivo JPG. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_de_Ara%C3%BAjo_Porto-alegre>. Acesso em: 04 de Setembro de 2010.

Hildebrando e o Seminário: O Chamado

Para melhor compreender o porquê da partida de Hildebrando para o Seminário de Nossa Senhora da Lapa, no Rio de Janeiro, destacou-se três motivos. O primeiro, é que não existia um Seminário no Rio Grande do Sul que lhe desse uma boa educação religiosa. Enquanto que no Rio de Janeiro existiam três grandes Seminários, o São José, São Pedro e Nossa Senhora da Lapa¹, onde muitos outros clérigos de boa índole e méritos já haviam estudado. Segundo motivo, seria que Dom José Caetano da Silva Coutinho, bispo do Rio de Janeiro em visita ao Rio Grande do Sul em 1815², convidou Hildebrando a ingressar no Seminário de N. Sª da Lapa, um convite praticamente irrecusável, uma vez que foi o próprio bispo que lhe fez o convite e, além disso, porque não tinha nada a perder e sim a ganhar.

Fontes:
¹ CAVALCANTI, Nireu. O Rio de Janeiro Setecentista:a vida e a construção da cidade da invasão francesa até a chegada da Corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

² TABORDA, Tarcisio Antônio da Costa. Bagé e a Revolução Farroupilha. Bagé: [s.n], 1985.


Imagem:

Fotografia de Dom José Caetano da Silva Coutinho. Retirada do livro: RUBERT, Arlindo. História da Igreja no Rio Grande do Sul: época imperial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.